2° Líder Conaje – Sudeste / Megalópole – Perspectivas de Crescimento Integrado para o Sudeste

2° Líder Conaje – Sudeste

Megalópole – Perspectivas de Crescimento Integrado para o Sudeste

http://www.conaje.com.br/2lidersudeste/

25 de março de 2011

Auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN

Rio de Janeiro – RJ

Relatório com anotações de participação do Professor Luiz Carlos Ridolphi (www.ridolphi.adv.br) , coordenador da Estácio Júnior no Espírito Santo

O Conaje Líder é um evento de incentivo aos debates  sobre empreendedorismo jovem no Brasil e é uma realização da Confederação Nacional de Jovens Empresários – Conaje. A etapa desse ano, o 2° Líder Sudeste, foi  organizada pelo Conselho de Jovens Empreendedores da Associação Comercial do Rio de Janeiro, pelo Conselho de Jovens da Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio de Janeiro e pelo Conselho de Jovens Empreendedores da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

O tema do evento foi “Megalópole – perspectivas de crescimento integrado para o sudeste” e os palestrantes convidados abordaram os desafios ambientais e sociais, estratégias e visões para o futuro da região e analisaram os direitos e as liberdades democráticas que permeiam a vida em sociedade.

Desenvolvendo a programação, às 13:30 horas o empresário Eliezer Batista (atual Grupo EBX, ex-presidente da Vale) foi homenageado pelo Conaje e falou para a platéia poucos, mas importantes minutos,  sobre Visões e Estratégias Brasileiras para o Longo Prazo. De sua fala merece destaque a constatação de que “No Brasil temos tributos de Suécia, mas serviços de Angola”, momento que foi bastante aplaudido. A temática da excessiva carga tributária, custo e ineficiência Brasil dominou os debates na sequencia.

A abertura oficial contou as presenças de Eduardo Machado, presidente da Conaje; Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan; José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB e de Jesus Mendes da Costa, presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE RJ.

O primeiro debate se deu às 14:00 h no Painel Conaje - www.conaje.com.br /Instituto Millenium – www.imil.org.br , com o subtema Democracia e Liberdade de Expressão, mediado por Paulo Uebel (Instituto Millenium). Os jornalistas Guillherme Fiúza (Revista Época) e Paulo Rabello de Castro (www.brasileficiente.org.br e Revista Época) e o procurador de justiça Gustavo Binembojm (lattes http://lattes.cnpq.br/6510040072236062) expuseram e discutiram sobre o tema e o seu pensamento pode ser representado pelas manifestações que se seguem:

Guilherme Fiúza

Ao comentar sobre a propaganda de governo:

“PAC não é um plano de ação para crescimento, mas apenas um conjunto de obras de governo.”

“A aceleração do crescimento deveria ser a moralização da questão tributária brasileira e não um ajuntamento de obras paradas nas gavetas do governo”

“As megacidades estão absolutamente fora de controle e não há planos efetivos para normalizar isso”.

Gustavo Binembojm

Ao comentar a censura da lei ao humor no processo eleitoral:

“Somente em 2010, após 13 anos da atual lei eleitoral (1997), o STF aboliu a proibição de ações humorísticas (charges p.ex.), durante o período eleitoral”.

Ao comentar a censura da lei na propaganda de bebidas alcoólicas e refrigerantes p. ex.:

“É difícil acreditar que num estado liberal os cidadãos precisam de uma intervenção estatal para determinar o que pode ser ouvido ou visto na propaganda brasileira”.

Paulo Rabello de Castro

Ao comentar sobre o papel dos jovens na continuidade das necessárias transformações:

“Temos que nos arvorar do futuro”

Às 16 horas foi realizado o III Fórum Renovar – Desafios Sociais e Ambientais da Megalópole Brasileira, com mediação de Mauro Viegas, presidente do Conselho de Infraestrutura FIRJAN e exposição de Wagner Victer, presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do RJ – CEDAE (www.cedae.com.br ); de Luiz Alexandre Garcia, CEO do Grupo Algar (www.algar.com.br)  e de Luis Antonio de Mello Awazu, presidente da Cia Bandeirantes de Armazéns Gerais (www.ciaband.com.br)

Wagner Victer

“É preciso quebrar paradigmas, por exemplo, o de que é privado é bom e o que é público é ruim”

“A responsabilidade social e ambiental é algo a ser perseguido cada vez mais”

“RSA é inerente à atividade da empresa”

“A empresa hoje pode quebrar se não tratar adequadamente a questão ambiental”

Luiz Alexandre Garcia

“O Brasil é caro e para se manter inserido no mercado internacional precisa ser mais competitivo”.

 “Temos que aumentar brutalmente a eficiência do Brasil. Se não, não vamos dar conta das demandas que estão surgindo”.

“Nós usaremos muito mais no futuro o home office e o EAD, mas hoje a legislação brasileira é um entrave e se enrijece cada vez mais”

“Hoje existe um apagão de talentos nas organizações”

Luis Antonio de Mello Awazu

“Com a manutenção dos gargalos logísticos não há ganhadores, todos somos perdedores”.

“Vamos ter um apagão de competências. Vamos precisar importar gestores, gerentes. Falta conhecimento aos profissionais formados atualmente no Brasil”

Às 18:00 h o empresário Ricardo Amaral iniciou palestra de encerramento e provocado pelo tema Ousadia, Inovação e Projetos Estratégicos  citou os bairros novaiorquinos Soho e o Harlem como exemplos de revitalização urbana a partir da valorização cultural e realização de eventos, que ele chama de “animação”. Frases de destaque: “A grande animação impulsiona o desenvolvimento de uma cidade” e “Um dos maiores problemas do Brasil é o analfabetismo funcional: ele sabe ler e escrever mas não compreende”.

Em síntese o evento 2° Líder Conaje Sudeste proporcionou em avant-garde  aos participantes, predominantemente lideres jovens da Região Sudeste, conhecer o pensamento, inquietações e expectativas de lideranças empresariais e profissionais com relação ao desenvolvimento sócio, econômico, ambiental e urbano do País. É consenso de que o Brasil vivencia oportunidade ímpar de se firmar como grande potência do mundo, mas constata-se, no entanto, que para atingir esse objetivo é necessária urgente atitude de indignação, reconstrução e construção do modelo educacional e regulatório brasileiro.